domingo, 30 de maio de 2010

Unipresente


Não há razão para não percebermos quem somos na realidade e para onde vamos. Não há nenhum razão para qualquer indivíduo não ser realmente forte. Nós somos seres extraordinários.
Eu penso que gastei 24 anos da minha vida, os primeiros 24, tentando ser alguma coisa. Queria ser bom nas coisas, bom jogando xadrez, bom no violão e na faculdade... E tudo eu via meio que nessa perspectiva:"Eu nunca fui bom do jeito que eu sou, mas se eu fosse bom nas coisas..." Então percebi que havia entendido o jogo de maneira errada. O jogo era saber quem no fundo eu realmente era. Na nossa cultura fomos treinados para nos diferenciarmos dos outros. Então ao olhar para cada pessoa sua reação é imediatamente inseri-la num modelo. Branquelo, esperto, burro, velho, moleque, rico, pobre... E fazemos todas estas distinções dimensionais, colocando em categorias e tratando dessa maneira especifica. Aí conclui-se que só vemos os outros separados de nós da forma em que eles estão afastados e caracterizados. E um das mais dramáticas características da experiência de estar com outra pessoa e de repente reparar que certos aspectos são exatamente como você, e não muito diferentes de você. É experimentar o fato de que a essência que há em você, e a essência que há em mim, são no fundo, uma só. A compreensão que não há um outro. Somos todos UM. Eu não nasci Roland Montalvan, apenas nasci como UM ser humano e só depois aprendi toda esta história de SER eu, Bom ou Mau, Cumprir ou Não... E isso é tudo aprendido ao longo do caminho.

"Quando o poder do amor se sobrepuser ao amor ao poder, o mundo conhecerá Paz." Sri Chimnoy Ghose

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Quando me falavam que Neruda era bom, eu não conseguia entender


Pois não foi que gostei mesmo das coisas que esse sigelo senhor escreve. Gostei ao ponto de postar alguma coisa dele. Primeira mente pensei em falar de um filme com ele que assisti há alguns dias, mas desisti melhor é lhes indicar o filme, "O Carteiro e o Poeta" só assista e entenda que poesia vai bem além de palavras e emoções. Depois do filme, e não há como não fazer isso, fui baixar alguma coisa dele para ver se ele era mesmo aquilo tudo que mostrava o filme. E não é que é mesmo. citando o senhor eu digo:

"De outro. Será de outro.

Como antes de meus beijos.
Sua voz, seu corpo claro. Seus olhos infinitos.
Já não a quero, é verdadeiro, mas talvez a quero.
É tão curto o amor, e é tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta a tive entre meus braços,
minha alma não se contenta com tê-la perdido.
Ainda que esta seja a ultima dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que eu lhe escrevo."