terça-feira, 1 de junho de 2010

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Em listras me lembro de você, alternando o branco e azul vejo lembranças que fiz questão de não esquecer. Sabe, quando à veja subir na minha frente, vez ou outra sinto aquele friozinho na barriga. Me fiz criança ao seu lado, mas não por pirraça e insegurança, e sim por saber que quando chegasse onde você estava teria uma porta para escapar do que tanto me tirava os penssamentos. Nem tudo que acontecia precisava de uma explicação, lembro que simplesmente acontecia, e se não acontecesse eu tentava fazer acontecer, pois sempre me valiam sorrisos. Pra que tantos planos né?... N, até hoje penso, porque não fiz. Quantas vezes você me falou, umas 4 ou 5, mas eu nunca tive coragem, vontade sim(e muita). Sabe aquela sensação de que o tempo está passando, mas tenho provas nada concretas de que ele não passou nenhum segundo. Que duvida me bate, entre o medo das coisas novas e a opção de reviver o que andou no passado(mesmo que essa opção não seja real). Mas que besteira essa minha. Seria um paradoxo, eu reviver todo esse passado, da mesma forma que aconteceu com os mesmo erros e tropessos. Agora levando em conta o fato de que não viajamos no tempo, aceito não poder viver novamente tudo aquilo que passou. Porém não aceito o fato de não sentir outra vez aquele gosto de Fanta em um beijo, de não sentar à beira-mar com a maior ressaca que se possa sentir, e instantes depois esquecer de todo aquele enjou só de olhar para lado. De sair por aí, só pra sentar do seu lado no caminho daqui para qualquer lugar, tanto fazia, o que ia importar seria a conversa que nós teriamos na ida até qualquer lugar. Há as conversas! Essas sim eram as melhores, as vezes chegando a ser até as maiores, pois lembro que uma ou duas, vieram acompanhadas dos primeiros raios de sol. E a gente ainda achava pouco, insistiamos nos vinhos, o que, por incrivél que pareça, diminuia muito nossas conversas, afinal não há como falar quando se tem outra pessoa dentro da boca. Nos demos muita intimidade sem saber que, nós mesmo, as arrancariamos como se tira uma planta do chão, simplesmente um chegou na planta do outro e puxou tudo, ou quase tudo, tem a velha parte das lembranças.Com certeza absoluta o tempo foi pouco, sempre é.